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Deixei de ser Alta Performance (naquele velho padrão)

Fazia tempo que eu não me sentia insegura no meu trabalho, principalmente, após sequência de anos sendo avaliada como "high performer", e, de repente fui obrigada a sair de cena e assumir, publicamente, as minhas vulnerabilidades, os meus medos e a minha inaptidão de controlar a minha própria vida.


A insegurança é um sentimento que dói, pois faz com a gente se sinta medíocre, menor e insignificante. E eu tenho passado por isso, não por causa de fatores externos, ou seja, não há se quer uma só pessoa ao me redor que esteja contribuindo com essa sensação, pelo contrário, estou cercada por muitas pessoas incríveis que estão, diariamente, vibrando com os meus avanços. Eu sei que a insegurança que me corrói está dentro de mim, pois, pelo fato de ter limitações físicas, por ter que me reinventar no trabalho, por ter que liderar "pequenos projetos" fez com que este sentimento acendesse dentro do meu coração.


E, é em especial sobre estes "pequenos projetos" que convido você a refletir comigo, pois, acabei de perceber que, mais uma vez, eu estava quase caindo em uma "grande" armadilha.


Estamos viciados a reconhecer pessoas que realizam grandes feitos, tais como: influenciam X mil pessoas, que trazem X milhões de saving, que lideram X dezenas de projetos, que atingem X percentual de resultado e outros Xs impactantes. Somos programados para valorizar pessoas que são bem articuladas, que demonstram controle emocionais, que são extremamente criativas e que possuem facilidade de solucionar problemas complexos. E, por termos este hábito, quando não estamos entregando estes números ou tendo estes comportamentos, temos a convicção de sermos pessoas medianas ou até mesmo, profissionais de baixa performance.


Pode até ser que a alta performance, para muitos, seja tudo isso que descrevi acima, inclusive, eu mesmo, por muito tempo, acreditei só neste perfil. Mas agora que luto, diariamente, para conseguir fazer os meus "pequenos projetos", vejo o quanto eu fui ignorante em não perceber, que alta performance são todas as pessoas que conseguem ver felicidade na maioria das coisas que elas executam.


Longe de mim de ter a "Síndrome de Poliana", afinal, não dá para romantizar e ver felicidade em tudo, mas, é incrível como deixamos de reconhecer as felicidades que temos ao longo de um dia, por estamos preocupados nas conquistas do amanhã, que geralmente estão atrelados a conquistar uma promoção, a adquirir um bem material, a ter poder, a ter fama, a liderar um grande projeto ou simplesmente aumentar o nosso número de likes.


Mas quero dar o meu testemunho, para inspirar você que também pode está se questionando o quão alta performance você é. A partir do momento em que eu, todas as noites, comecei a computar, em quais momentos do meu dia eu fui feliz, eu voltei a ter orgulho de mim, de como eu tenho sido e tido Alta Performance. Pois geralmente, esses momentos de felicidade computados, estão relacionados a alguém que eu ajudei ou algum momento em que eu fui ajudada. Também estão relacionados aos pensamentos, intenções e boas ideias que eu tive, e, além disso, encontrei felicidade nas tarefas simples que realizei com perfeição e nas complexas que nem sempre tive êxito, mas eu tentei. E veja, são momentos, que não requer muito esforços, recursos ou investimentos.


E a partir deste novo hábito adquirido, aquela insegurança que eu relatei acima tem reduzido, pois notei que, seja no trabalho ou em qualquer outro lugar, nem todos os dias será possível entregar os melhores resultados e ser reconhecido como alta performance, mas todos os dias eu posso fazer o meu melhor resultado e ser a minha alta performance.


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Kátia Regina

Mulher | Mãe | Vitoriosa | Executiva de RH | Apaixonada por gente,


histórias e experiências | Escritora de artigos e rumo a publicação de livro(s)


Originalmente publicado em www.katiaregina.com


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