Essa nova vida na qual fui presenteada, tem me dado a oportunidade de rever e refazer muitas coisas que eu não estava fazendo tão bem assim, uma delas foi poder redefinir a rota para onde os meus valores estavam me levando.
Mas já antecipo que tive que voltar para o nível básico desta tarefa, afinal, eu acabei me envolvendo tantos nos valores corporativos tais como: foco no cliente, confiança, espírito de dono, ética, inovação entre outros, que cá entre nós, ajuda muito em nosso desenvolvimento profissional, mas se não nos atentarmos podemos não mais enxergar os nossos próprios valores, e, chegarmos ao fim da nossa vida sem entender o para que passamos por ela.
Foi por esses valores que hoje eu sento em uma cadeira de rodas. Talvez foi a falta deles que me fez chegar nesta situação ou, possivelmente, foram valores ruins. Tá certo que valores é algo que é difícil julgar, mas para mim, uma vez que ele prejudica, mágoa, machuca e sacrifica algo ou alguém, na minha concepção, passa ser um mau valor.
Mas tem sido a cadeira de rodas que tem me feito entender o que de fato ter valores significa na vida. Eu fiquei alguns meses me perguntando o porque estou passando por tudo isso, mas eu não consigo chegar em nenhuma resposta porque dependo da ótica do "outro", e a outra lição que devo compartilhar nos próximos artigos é que quando envolve o "outro" a gente perde completamente o controle. Mas eu posso saber o "para que" eu estou experimentando tudo isso, pois isso depende só de mim, e, é nesse momento que entra os meus valores.
E Eu estou vivendo tudo isso para ser mais Sábia, mais Fraterna e mais Solidária.
Agora tudo está ficando mais claro. Tenho aprendido muito sobre muitas coisas que eu não dava tanta importância, mas que são essenciais para vida. Aprendi sobre o corpo humano, sobre o poder do bem-estar, sobre o controle da mente e a evolução do espírito. Ainda estou na turma de principiantes, mas tem me dado uma Sabedoria, que tem me estimulado a querer saber mais e mais. A viver mais só para presenciar essa dádiva que é a vida.
Tenho experimentando as mais verdadeiras formas de amor. Algumas que eu até já não mais acreditava, pois somos viciados em pensamentos como "Este mundo tá perdido", "Tá difícil acreditar no ser humano", "Sempre tem uma segunda intenção", "Não tem almoço de graça", que quando recebemos um carinho, uma demonstração de afeto ou um gesto de amor, partimos da desconfiança para depois aceitar a atitude. E foram essas atitudes, que na grande maioria tem vindo de amigos e não amigos, que tem me dado a esperança da cura. Então seria injusto eu não ser mais Fraterna para poder curar outras pessoas, e querer viver para ser instrumento de milagres.
E compartilhar é o que tem feito o ciclo da minha vida fazer sentido neste momento. Não é simplesmente um ato de partilha financeira, doações de alimentos, roupas, brinquedos ou outros bens materiais. Estes são atos que, de fato, deveriam fazer parte do nosso cotidiano, mas estou me referindo a ser mais Solidária e compartilhar palavras, pensamentos, vivências e experiências. Todas as vezes que compartilho o que aconteceu comigo, vejo que, a maioria das pessoas se emocionam, se assustam e ficam em estado de alerta. Mas não porque elas sentem medo, mas sim, porque começam a prestar atenção em suas vidas, se elas de fato estão cientes do que para que elas estão vivendo.
Hoje tá mais fácil entender se estou vivendo uma melhor vida, porque se passo um só dia sem fazer algo que contribua com pelo menos um dos meus valores de ser uma Pessoa mais Sábia, mais Fraterna e mais Solidária eu já consigo, rapidamente redefinir a minha rota e sair da direção que possa, mais uma vez, me levar para o abismo.
Então, queridos leitores, por favor, saibam quais são os seus valores, os fundamentam no amor e sigam nesta direção.
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Kátia Regina
Mulher | Mãe | Vitoriosa | Executiva de RH | Apaixonada por gente, histórias e experiências | Escritora de artigos e rumo a publicação de livro(s)
Originalmente publicado em www.katiaregina.com